O Tempo passou e não demos por nada,
Sem um adeus, sem um momento crucial de viragem.
Tudo se foi acabando aos poucos…em pequenos passos… por toda a extensão de um (in)finito ano.
Ninguém se apercebeu…ninguém se despediu!
Mas agora tudo o que tivemos não vai voltar…
Coimbra não é mais nossa, não como estudantes, que a conhecemos…
Cada momento único que passamos – foi o último.
Ninguém se apercebeu…ninguém se despediu!
E agora? Sem que pudéssemos saborear melhor todos os instantes….
Acabaram-se os bilhetes gerais e as lágrimas das serenatas…os cortejos e a praga do traje.
Acabaram-se as cantinas e os chazinhos gratuitos…o Moelas e as madrugadas que nos roubou.
Acabaram-se os jantares a oito (ou a nove)… as gargalhadas colectivas, muitas vezes sem sentido…a partilha diária de quem cresceu em conjunto.
Acabaram-se os passeios inesperados…as recepções e os shots da casa.
Acabou-se tudo o que Coimbra nos deu e que não posso, de modo algum, descrever com palavras vazias…mas que guardarei no lugar das maravilhas, um lugar onde possa sempre voltar!
Porque foi por vocês que a cidade se pintou, para mim, em cores únicas…
Agora, desmonta-se em lágrimas no Mondego…e a Cabra badala a saudade de mais estes que partiram.