terça-feira, 20 de maio de 2014

[Tempo]



'Quero ser teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
...

Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente..., ser-te Paz.

...

Vou encher esse teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.'_ FP

sábado, 17 de maio de 2014

Em verso (como se)..._




'Poesia como forma de colocar a afectividade em modo de pensar e o pensamento em modo de afectividade.

Como se o sentir pudesse ser mansamente dimunuido (ou aumentado) de forma a que não chegue ao grito, mas sim à sensata observação.
Sentir para perceber melhor, não para gritar melhor.


Ironia, portanto, como modo de diminuir o disforme que há no grito e na excitação; dor e prazer transformados em verso que, dois metros acima desse solo que dói e tem prazer, diz: ali em baixo dói-me e tenho prazer, porém eu, aqui, enquanto verso, estou dois metros acima (pelo menos).'_GMT